O níquel ilustra o dilema da China sobre minerais essenciais

Níqueloferece um estudo de caso dos desafios complexos que o mundo enfrenta para aumentar o uso de minerais necessários para impulsionar a transição global para energia limpa.

A demanda por níquel decorre de seu uso em baterias de veículos elétricos como uma alternativa ao lítio, muito mais comum.NíquelAs minas também são uma fonte de cobalto, outro mineral essencial para baterias.

Níquelse destaca como o mineral essencial que não é refinado principalmente na China (e sim na Indonésia), de acordo com a última perspectiva da Agência Internacional de Energia sobre minerais essenciais para a transição energética.

Mas não se deixe enganar pela geografia. Embora cerca de 37% do refino mundial de níquel tenha ocorrido na Indonésia no ano passado, as empresas chinesas foram responsáveis ​​por mais de 80% desse fornecimento e 40% da mineração de minério bruto, segundo a AIE. Por sua vez, as empresas indonésias detêm apenas 10% da mineração de níquel no país. Além disso, mais de um quarto (28%) do refino de níquel também ocorre na China.

A China monopoliza a mineração e o refino de vários minerais essenciais para a cadeia de suprimentos de produção de baterias e além, incluindo grafite e cobalto.

A alta concentração de refino de lítio, níquel, cobalto e minerais de terras raras em qualquer país é preocupante para a AIE, que teme "um risco de escassez significativa no fornecimento, se por qualquer motivo, o fornecimento do maior país produtor for interrompido".

A predominância geográfica da Indonésia deverá aumentar. Até 2040, a AIE projeta que a Indonésia expandirá sua participação no refino de níquel para 59%, enquanto a da China cairá para 8%. A participação chinesa no refino de níquel da Indonésia deverá cair para 54% nos próximos nove anos, aproximadamente, com o aumento dos investimentos ocidentais, de acordo com uma previsão da Benchmark Mineral Intelligence.